Sesau apresenta ao Ministério da Saúde ações de enfrentamento à Doença Meningocócica em Alagoas
Encontro contou, ainda, com a presença de técnicos da vigilância da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió
Durante reunião entre técnicos da Sesau, Ministério da Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió foram apresentados os dados epidemiológicos sobre a doença meningocócica
Marco Antônio / Ascom Sesau
Ruana Padilha / Ascom Sesau
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) apresentou ao Ministério da Saúde (MS) as ações implementadas para o enfrentamento à Doença Meningocócica em Alagoas. O encontro ocorreu na sede da pasta, no bairro Jaraguá, na capital alagoana, e contou com representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Maceió.
As ações implementadas pela Sesau tiveram como foco a vigilância, controle, diagnóstico precoce e assistência aos pacientes acometidos pela doença meningocócica. Para isso, foram realizadas capacitações técnicas para 140 profissionais da Atenção Básica e da Vigilância Epidemiológica dos 102 municípios alagoanos, com foco na detecção precoce e no manejo clínico dos pacientes acometidos pela doença meningocócica. Trinta e seis alagoanos foram diagnosticados com a doença de agosto de 2022 a dezembro de 2023, e 15 evoluíram para óbito.
A Sesau também implantou o
Núcleo Interno de Regulação no Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA), em
Maceió, assegurando leitos para a internação imediata dos pacientes com suspeita
ou confirmação de meningite. No âmbito do diagnóstico precoce, foram
implementadas ações para ampliar a capacidade de processamento do Laboratório
Central de Alagoas (Lacen/AL), possibilitando a realização da assistência em
tempo oportuno e de forma mais eficaz.
Durante a reunião, o secretário executivo de Vigilância em Saúde, Marcos Holanda, que representou o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, destacou a importância das ações desenvolvidas pelo Estado e os municípios. “Essa soma do Estado com o município de Maceió deu agilidade ao processo de enfrentamento da doença meningocócica, mostrando a relevância de trabalhar de forma integrada", ressaltou.
A gerente estadual de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis, enfermeira Waldinéia Silva, ressaltou a relevância da ação conjunta com o MS, na qual todas as ações implementadas no Estado para o combate à doença foram discutidas com o órgão federal. “Com o aumento do número de casos da doença meningocócica no ano de 2023 e a identificação do sorogrupo para meningo B, tivemos várias agendas com o Ministério da Saúde. Felizmente verificamos um decréscimo no número de casos confirmados, onde em outubro foram nove, em novembro quatro e, dezembro, até agora, com três casos. Contudo, nos mantemos em vigilância permanente”, explicou.
Meningite
Caracterizada pelo processo inflamatório das camadas mais internas de tecido que cobre o cérebro, a meningite pode ser causada por bactérias, fungos, vírus ou protozoários. Os principais sintomas são dor e rigidez na nuca, manchas avermelhadas pelo corpo, cefaléia, febre, convulsões, vômito e demandam atendimento médico imediato.
Ao apresentar os sintomas da doença, a pessoa com suspeita de infecção deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência para receber atendimento adequado. Após a avaliação médica, caso seja identificada a suspeita do diagnóstico, o paciente será encaminhado a uma unidade de referência. Em casos com sintomas mais complexos, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) funcionam 24 horas por dia para acolher a demanda espontânea.
Prevenção:
A Rede Pública de Saúde oferece vacina contra as formas mais graves de meningite, que são:
Meningocócica Conjugada C: Doença Meningocócica causada pelo meningococo do sorogrupo C, para crianças de 3 e 5 meses, com reforço ao 1 ano de idade;
Meningocócica Conjugada A, C, W e Y: Doença Meningocócica causada pelos meningococos dos sorogrupos A, C, W e Y, para adolescentes de 11 a 14 anos;
Pentavalente: Doença Meningocócica causada pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b, para crianças de 2, 4 e 6 meses de idade;
Pneumocócica Conjugada 10-Valente: Meningite causada por 10 sorotipos de streptococcus pneumoniae, para crianças de 2 e 4 meses, com reforço ao 1 ano de idade;
BCG: Meningite tuberculosa, ao nascer em dose única.
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