Seris e Polícia Penal desenvolvem ações que culminam em apreensões e prisões no sistema prisional
Na avaliação do secretário de Gestão Penitenciária, Milton Pereira, compromisso dos policiais e as unidades prisionais mais modernas têm contribuído com o sucesso das ações
Policiais penais flagraram doze suspeitos somente este ano, quase sempre mulheres que tentam entrar com drogas nas unidades prisionais
Ascom Seris
A Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e a Polícia Penal de Alagoas desenvolvem ações que garantem incremento das prisões e apreensões de materiais ilícitos. O trabalho de conscientização e combate – protagonizado pelos servidores do sistema prisional - já culminou no flagrante de doze pessoas suspeitas somente este ano, quase sempre mulheres que tentam entrar com drogas nas unidades prisionais.
O aumento do número de ocorrências deve-se especialmente ao profissionalismo e capacitação dos servidores públicos que atuam na área da segurança pública, assim como ao investimento feito pelo Governo do Estado em novos equipamentos. “O aumento verificado das prisões de pessoas tentando entrar com drogas e ilícito nas unidades prisionais se deve ao fortalecimento das fileiras da Polícia Penal; se deve à inserção da tecnologia na atividade do policial penal e os novos equipamentos de segurança, no caso, as novas unidades prisionais”, cita o policial penal Milton Pereira, secretário executivo de Gestão Penitenciária da Seris.
Presídios melhor equipados
Na avaliação do secretário, as unidades prisionais de Alagoas estão mais
modernas e isso tem contribuído com o sucesso das ações dentro e fora do
sistema prisional.
“As unidades também estão mais robustas, com mais crivo de segurança. Logo, a
Polícia Penal consegue desenvolver as atividades com mais ênfase, logrando
êxito na identificação e na prisão dessas pessoas que tentam burlar a segurança
prisional e tentam entrar com drogas ilícitas nas unidades prisionais de
Alagoas”, informa Milton Pereira.
O secretário de Gestão Penitenciária da Seris diz ainda que é importante frisar
que a Polícia Penal está atenta e vai continuar realizando o trabalho de
saturação, de identificação e prisão de suspeitos que pretendam entrar com
drogas e ilícitos nas unidades prisionais de Alagoas.
Gerenciamento de crises
“Toda a atuação da gente é pautada no gerenciamento de crises, pois a gente tenta evitar ao máximo que ocorra o evento crítico. Então, inicialmente a gente faz toda uma conscientização. Vou lá, converso com familiares sobre essa questão”, destaca a policial penal Michelly Freire, diretora de Disciplina do Presídio de Segurança Máxima de Maceió. Segundo Michelly Freire, quando os visitantes passam pelo bodyscan (equipamento de inspeção corporal) e é detectado algo, a equipe resolve parar o procedimento e a entrada da visita.
“A gente até presta socorro porque se a droga que foi introduzida estourar, a pessoa pode morrer. E se subir, só sai com cirurgia. Então, a gente conversa com a pessoa, explica sobre os perigos”, explica a diretora de disciplina.
A policial penal conta que há poucos dias conversou com o representante de um dos módulos do presídio sobre as consequências que as mulheres podem ter de arcar caso tentem entrar com materiais ilícitos. “Elas são conduzidas, passam pela Central de Flagrantes, independentemente da quantidade de droga que venha a entrar, é tráfico. Isso é importante deixar claro para elas. A única pessoa prejudicada é quem está tentando entrar. A pessoa que está lá dentro vai responder procedimento administrativo e vai ter a visita suspensa como falta grave. A pessoa que está entrando com droga vai responder por tráfico e ficar sem ver os filhos”, lembra.
“O equipamento que temos no presídio de segurança máxima é muito bom. Detecta, pega formatos e a gente sempre consegue pegar, sempre consegue visualizar se tem alguma coisa introduzida. Então existe um trabalho de conscientização dentro da cadeia para que os maridos não solicitem que os parentes entrem com ilícitos, já que muitas esposas servem de ‘mulas’. Tem também a questão do pagamento de dívidas dentro do presídio. São situações que a gente tenta conversar”, finaliza Michelly Freire.
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