Secretaria da Fazenda promove “Encontro com Zumbi” e reúne centenas de servidores
Ação aconteceu em alusão ao dia da Consciência Negra e provocou debate sobre liderança recordando a imagem de Zumbi e Dandara dos Palmares
Encontro foi realizado no auditório da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal)
Ascom Sefaz
Matheus Guilherme / Ascom Sefaz
Que tipo de líder Zumbi seria hoje? Esse foi o
questionamento que a Secretaria de Estado da Fazenda de Alagoas (Sefaz) fez aos
seus servidores e colaboradores no “Encontro com Zumbi”, realizado no auditório
da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), nesta
terça-feira (21). Iniciativa ocorreu em alusão ao dia da Consciência Negra,
celebrado em 20 de novembro.
Pensando em recordar a imagem de liderança de Zumbi e Dandara dos Palmares, grandes nomes da luta pela resistência negra contra a escravidão, a secretaria trouxe para debate o exemplo desse casal que, em Alagoas, fez história pela forma com que liderava e guiava seu povo.
A ação que foi idealizada pela secretária de Estado da Fazenda, Renata dos Santos, e organizada pelos gestores do órgão, contou com a presença de centenas de servidores de todos os setores, desde efetivos a estagiários. O grande destaque do dia foi a roda de conversa entre a superintende especial da Receita Estadual, Alexandra Vieira; o líder comunitário e secretário municipal de Assistência Social (Semas) da cidade de Cubatão (SP), Sebastião Ribeiro, mais conhecido como Zumbi; e o CEO da rede Mundaú Mundo e fundador do Instituto MandaVer, Carlos Jorge.
Desenvolvendo um trabalho de liderança participativa, Zumbi conseguiu modificar a realidade de uma antiga área de invasão, inovando com conceitos de responsabilidade socioambiental, sustentabilidade e melhoria da qualidade de vida. Nordestino, Sebastião já foi vendedor de água em rodovias de São Paulo e, em 2014, conquistou um diploma de curso superior em Direito.
Atualmente, Zumbi atua como secretário de Assistência Social em Cubatão. Mesmo com toda história de superação e liderança, ele afirma não se considerar um líder, se entendendo apenas como alguém que “faz sua parte”. Durante a roda de conversa, ele diz ter iniciado sua trajetória de trabalhos sociais e liderança após conhecer a história de Zumbi dos Palmares.
“Eu me emocionei muito quando conheci a história de Zumbi, primeiro pelo sonho pela liberdade e segundo pelo inconformismo dele. O conhecendo eu entendi a grande responsabilidade que um cidadão pode ter de influência na sociedade. E foi depois de enfrentar dificuldades na venda das águas, quando meu negócio caiu 90%, que eu decidi ir para o movimento social. Quando eu cheguei lá, percebi a riqueza que é o movimento. As minhas dificuldades eram pequenas comparadas às encontradas ali. Naquele lugar eu vi sonhos. E assim eu começo a minha caminhada”, relata.
Representando a secretaria, a superintendente Alexandra Vieira, mulher negra que lidera uma equipe formada por dezenas de pessoas no órgão, se emocionou ao contar sua trajetória de estudo e superação enfrentando os desafios do estudo desde a escola até a conquista de um diploma de nível superior. Olhando para os dias atuais e lembrando-se de como chegou à Sefaz, ela conta da gratidão que tem aos gestores que a incentivaram para que ela estivesse em um cargo de liderança.
“Se hoje eu estou à frente de uma equipe é graças a Secretaria da Fazenda, que me fez líder. Eu sempre recebi muito apoio dos gestores que me incentivaram e diziam que eu era capaz. Por conta disso, hoje, eu estou em uma posição de liderança. Fui muito moldada pelos desafios que foram acontecendo e pelas pessoas que foram colocadas no meu caminho. Muitas vezes nós não acreditamos no ‘eu’, mas outras pessoas chegam e dizem que somos capazes e, quando olha para trás, você consegue perceber a quantidade de coisas que vem acontecendo”, destaca.
O empreendedor social Carlos Jorge foi o mediador de toda conversa. Ele já atuou como secretário de assistência social e secretário de habitação na capital do estado de Alagoas; e já foi premiado pelo reconhecimento pela luta por Direitos Humanos pelo estado de Alagoas.
Sabendo a importância e a beleza da cultura afro-brasileira, o encontro ganhou um destaque ainda maior com a apresentação da Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte - Capoeira (Abadá-Capoeira), pertencentes à ONG Viva Mundaú, umas das instituições sociais cadastradas na Campanha da Nota Fiscal Cidadã (NFC).
Na ocasião, o grupo formado por crianças, jovens e adultos realizou uma apresentação de capoeira, expressão cultural brasileira que mistura elementos como arte-marcial, esporte, cultura popular, dança e música. No período da escravidão essa era uma forma de luta e de resistência.
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