15/08/2023 20:18 | Assistência SocialDesenvolvimento Social

Reunião debate realocação e indenização dos moradores dos Flexais, Quebradas e Marquês de Abrantes

Kátia Born e Renan Calheiros conversam com as lideranças dos afetados pelo desastre ambiental



Beatriz Saldanha/fotos Luiz Luan

A secretária de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social, Kátia Born, ao lado do senador Renan Calheiros estiveram reunidos com lideranças e moradores dos Flexais, Quebradas e Marquês de Abrantes, no Bebedouro, para discutir a realocação com indenização justa para as mais de 3 mil pessoas que ainda residem em locais afetados pelo afundamento do solo de responsabilidade da Braskem.

São cerca de 850 famílias vivendo em vulnerabilidade e isolamento social. O líder comunitário Mauricio Sarmento contou como tem sido tortuoso este momento. “Nós vivemos vulneráveis. A noite é intransitável, nós vivemos inseguros, com medo da violência. Não temos segurança, iluminação, comércio, colégio, estamos completamente isolados. Nós queremos sair daqui para poder retomar as nossas vidas. O  objetivo dessa reunião é manter a nossa população informada sobre o andamento dessa situação”, afirmou.

A secretária Kátia Born expressou sua preocupação e ouviu a população para poder compreender as particularidades de cada família. Ela se disponibilizou a ajudar neste momento difícil, destacando que irá convocar o município para incluir essas pessoas no CadÚnico. “São mais de 3 mil pessoas, cerca de 850 famílias que estão aqui resistindo, carentes de assistência, numa cidade fantasma. Nos próximos dias estarei recebendo essa comissão no meu gabinete para discutirmos de qual forma podemos ajudar efetivamente. O Governo de Alagoas está presente para acolher e quero dizer que nós resistiremos com vocês”, afirmou.
 

O senador Renan Calheiros também expressou a sua indignação com o caso. “Estou colocando meu mandato de senador da república à disposição dessas pessoas que estão abandonadas, ilhadas, que estão submetidas a receber uma indenização por família de R$ 25 mil, diferente da indenização recebida de outros refugiados ambientais. Mais de 200 mil pessoas foram afetadas. Sem dúvidas esse é o maior crime ambiental urbano de todo o mundo”, disse.