10/10/2023 08:35 | Educação

Rede estadual tem 63 projetos selecionados para a Semana de Pesquisa e Tecnologia da Ufal

Seduc é parceira da Sinpete, que ocorre de 16 a 20 de outubro, em cinco polos espalhados pelo estado


Estudantes da rede estadual poderão expor trabalhos de pesquisa realizados nas escolas

Thiago Athaíde/Ascom Seduc


Ana Paula Lins/Ascom Seduc

A rede estadual de ensino teve 63 projetos selecionados para a Semana Interinstitucional de Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Educação Básica (Sinpete), evento promovido pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e que ocorre entre os dias 16 e 20 deste mês, em Maceió, Arapiraca, Palmeira dos Índios, Delmiro Gouveia e Maragogi.  A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) é uma das parceiras da ação, que integra a programação da 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.


Foram 31 trabalhos da rede estadual aprovados para o Concurso de Ideias Inovadoras - em que as escolas da Educação Básica apresentam projetos científicos - e 32 propostas pré-selecionadas para a exposição de pôsteres e atividades que incluem manifestações culturais, palestras, minicursos e oficinas. Além disso, 96 escolas estaduais agendaram visitação às atividades do evento.



“A rede estadual terá muitas atividades durante a Semana de Ciência e Tecnologia. Além da nossa Mostra Científica, em Penedo e Porto Calvo, também somos parceiros da Ufal na Sinpete 2023, quando nossos estudantes poderão expor os trabalhos de pesquisa que realizamos em nossas escolas. Somadas a programas como o Professor Mentor e a nossa parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas [Fapeal], por meio do Pibic Jr, são diversas as ações de apoio à iniciação científica”, avalia o superintende de Desenvolvimento do Ensino Médio, Ricardo Lisboa.


Ampliação

A coordenadora-geral da Sinpete, Vera Lúcia Pontes, revela que a edição 2023 do evento terá um alcance maior que a do ano passado - estima-se que o número de participantes, incluindo expositores e visitantes, salte de dois mil para 20 mil pessoas neste intervalo de apenas um ano.



“Considerando a abrangência e a amplitude do evento, no qual teremos diversos parceiros, a exemplo de Seduc, Fapeal, Instituto Federal de Alagoas [Ifal] e universidades Estadual [Uneal] e de Ciências da Saúde de Alagoas [Uncisal], nossa estimativa é ter 18 mil participantes a mais e estimularmos, por meio de atividades científicas e tecnológicas, a criatividade, o raciocínio inovador e o pensamento crítico de nossos jovens”, explica.


Vera lembra, ainda, que tanto estudantes, quanto professores, podem participar da Sinpete como ouvintes. Para isso, basta se inscrever, até a próxima sexta-feira (13), por meio do link https://evento.ufal.br/sinpete-2023/inscricao/inscricao-do-participante-ouvinte.


Concurso de Ações Inovadoras

Dos 31 projetos aprovados para o Concurso de Ideias Inovadoras, 17 serão expostos em Maceió, 10 em Palmeira dos Índios, 3 em Arapiraca, e 1 em Maragogi.


Para Maceió, foram selecionados projetos das escolas estaduais Professor Loureiro, de Murici, e Francisco Domingues, de Limoeiro de Anadia. Pela capital, foram selecionadas as escolas Marcos Antônio Cavalcanti, Princesa Isabel, Theonilo Gama e Theotônio Vilela Brandão.



Já em Palmeira dos Índios, apresentarão projetos as escolas estaduais Graciliano Ramos, Almeida Cavalcanti, Djanira Santos Silva, José Victorino da Rocha e Antônia Macedo. Já as escolas Laura Chagas, Padre Francisco Correia e de Areia Branca vão representar a cidade Santana do Ipanema.


Por fim, as escolas estaduais Ângelo de Abreu, de Olho d’Água das Flores, e Batista Acioli, de Maragogi, respectivamente, levarão seus trabalhos para os polos Arapiraca e Maragogi.


É possível, inclusive, conhecer um pouco melhor cada um desses projetos. Para tal, basta acessar a página da Sinpete no instagram: @sinpete.2023.


Reconhecimento

As escolas que participarão do Concurso de Ações Inovadoras comemoram o reconhecimento. Algumas delas, inclusive, têm projetos já premiados em eventos como o Encontro Estudantil da Educação de Alagoas e o Circuito Alagoano de Startup.


A Escola Estadual Princesa Isabel, do Cepa, foi a unidade com maior quantitativo de projetos aprovados na Sinpete. Recentemente, os estudantes da instituição, sob a orientação do professor Rafael Holanda, foram premiados no Circuito Alagoano de Startup, promovido pela Ufal. “Praticamente 100% dos alunos da turma de empreendedorismo conseguiram levar suas ideias inovadoras para um evento que reúne jovens talentos de todo o estado”, celebra a diretora Joseane Martins.



Já a Escola Estadual Theotonio Brandão Vilela levará para a Sinpete dois projetos. Um deles, o  Ecofloor, aborda a produção de cerâmicas artesanais à base das cascas do sururu e foi o vencedor do Encontro Estudantil da Educação de Alagoas deste ano. Ano passado, a unidade teve dois projetos orientados pela professora Tatiane Omena - ambos foram destaque na Sinpete 2022, além de serem publicados na coletânea “Ciência na Escola para o Desenvolvimento Sustentável”, durante a 10ª Bienal Internacional do Livro. 


“Além do Ecofloor, levaremos também o projeto sobre bioconservantes, produzidos a partir da casca da mandioca e da batata, para uso em frutas. A Sinpete é uma experiência única, permitindo ao estudante o contato não apenas com a iniciação científica, mas também com o meio universitário”, adianta Tatiane.


Outra escola destaque da Sinpete 2022, a Escola Estadual Professor Loureiro, vai expor três trabalhos, sendo um aplicativo de pontos turísticos em sintonia com o Google Maps.


Já os projetos “A Química do Amor” e “Clube de Química: Dominó Inclusivo e Tabela Periódica”, ambos da Escola Estadual Graciliano Ramos, arrancaram elogios dos visitantes do Festival de Inovação e Criatividade (FIC), realizado durante o Encontro Estudantil, e também estarão na Sinpete. Os jogos inclusivos, por sinal, também foram selecionados para a 3ª Conferência Brasileira de Aprendizagem Criativa (CBAC), que acontece de 12 a 15 de novembro, em São João del-Rei, cidade do interior de Minas Gerais.


“Explicaremos o ato de se apaixonar sob uma perspectiva científica, e também levaremos jogos que destacam a importância de se respeitar e incluir a pessoa com deficiência”, adianta o professor Anderson Gomes.