Polícia Científica realiza instrução para alunos do Curso de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da PM
Troca de conhecimento entre os peritos criminais e os futuros soldados fortalece o combate à criminalidade
Futuros soldados foram recebidos pelo perito criminal Gerard Deokaran no auditório do IC
Ascom Polícia Científica de Alagoas
Aarão José e Maria Costa / Ascom Polícia Científica de Alagoas
Integrantes do Curso de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP) da Polícia Militar visitaram a sede da Polícia Científica de Alagoas (Polcal) para conhecer as atividades de perícia criminal desenvolvidas pelo órgão. Os alunos, todos do 22º pelotão de Arapiraca, visitaram as dependências do Instituto de Criminalística, conheceram a estrutura, os laboratórios forenses e tiveram aulas práticas de várias áreas de atuação do órgão.
A visita técnica aconteceu a pedido do sargento da Polícia Militar, Ismair Santiago, do Grupamento Aéreo da SSP, um dos instrutores do polo do CFAP em Arapiraca. Responsável por ministrar a matéria de policiamento ostensivo geral, o militar explicou a importância desse tipo de integração na formação dos futuros soldados e para os PMs já formados.
“Essa parte de perícia criminal é importante porque é uma área em que eles vão se deparar no decorrer da carreira. Então essa instrução que a gente está tendo hoje é de suma importância para o crescimento profissional deles”, afirmou Santiago.
O sargento Ismair ainda destacou que os soldados, durante a visita técnica, tiveram uma ótima oportunidade de conhecer o funcionamento do órgão mais novo da SSP. Para ele, seria de grande relevância que todas as instituições conseguissem fazer essa troca de conhecimento para os integrantes das forças de segurança, mesmo para os já formados.
Os futuros soldados da PM foram recebidos pelo perito criminal Gerard Deokaran no auditório do IC, onde ele deu uma instrução sobre a importância de fazer o isolamento de local de crime. O perito explicou que essas orientações são fundamentais para o entendimento dos policiais militares sobre o reconhecimento e o isolamento na preservação de vestígios.
“Por muitas vezes, a perícia criminal chega
em locais de crimes e não o encontra isolado e preservado. Com isso, os peritos
acabam perdendo vestígios, dificultando a indicação da autoria e a dinâmica da
ação. É importante que os militares conheçam esses procedimentos para evitar
perdas, e saibam que eles são essenciais, não só para o reconhecimento, mas
também para o isolamento dos vestígios, para que o Instituto de Criminalística
possa prestar um serviço técnico mais preciso”, explicou o perito.
Após as instruções de isolamento, o pelotão
foi dividido em grupos menores para realizar a visita técnica nos laboratórios
forenses. Um deles foi o Laboratório de Química e Toxicologia Forense, onde Gerard mostrou os equipamentos utilizados para a
realização de exames periciais em entorpecentes apreendidos, geralmente pela PM,
em todo o Estado.
A perita criminal Rosana Coutinho, chefe do Laboratório Forense, apresentou aos praças a unidade laboratorial de Genética Forense. Nesse laboratório são realizados diversos tipos de exames em amostras e vestígios biológicos encontrados e recolhidos pelos peritos em locais de crime, além de vítimas e autores. Esse vestígios são utilizados para a identificação por meio de DNA de criminosos, de corpos não identificados, e de outras provas técnicas para elucidações de crimes.
No Laboratório de Balística, os peritos
criminais Paulo Rogério e Sueli Maurício mostraram uma série de equipamentos
utilizados na realização de exames em armas e elementos de munição. Eles
conheceram os microcomparadores balísticos e a câmera de disparos, utilizados
em exames de eficiência e de comparação, de extrema importância para
investigações de crimes contra a vida.
“Vale a pena que todos os polícias da tropa tenham esse tipo de conhecimento, inclusive é uma matéria que deveria existir dentro dos cursos de formação da PM, na qual peritos criminais pudessem dar esse tipo de instruções para todos os pelotões. Seria de extrema importância que as polícias militar e científica se alinhassem, criando uma disciplina na qual os peritos pudessem ensinar de uma maneira mais específica as atividades de perícia criminal, para que as duas instituições possam trabalhar de forma mais integrada no combate a violência”, disse Gerard Deokaran.
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