"O esporte também é uma ferramenta de inclusão"
Atleta paralímpico destaca o apoio do Estado ao esporte como ferramenta de inclusão
Alexandre Júnior vem colecionando medalhas em competições nacionais e internacionais
Pei Fon / Agência Alagoas
Sinara Beserra* / Agência Alagoas
Atleta paralímpico e servidor do Estado de Alagoas, Alexandre Júnior vem
colecionando medalhas em competições nacionais e internacionais. Após o retorno
vitorioso do Meeting Paraolímpico de Salvador, onde conquistou três medalhas – duas
de ouro e uma de prata – , no sábado (16), já possui uma agenda repleta de
competições para o decorrer do ano, e o atleta almeja atravessar horizontes em
direção a novas conquistas.
Sua trajetória na natação iniciou muito cedo. Falar do esporte é revisitar sua história de vida. “Aos três anos de idade fui diagnosticado com um tumor no fêmur. Até então eu não possuía nenhuma deficiência. Após a cirurgia para retirada do tumor, fiquei com uma perna dez centímetros mais curta que a outra e, por conta disso, faço uso de sapatos adaptados, e fui levado para fazer a hidroterapia”, conta.
Seu professor na época o convidou para participar da natação, com a promessa de que faria bem para o seu corpo. O que de fato aconteceu, e Alexandre foi além. Com 14 anos, participou de sua primeira competição e já conquistou medalha.
Somando a sua vontade de praticar o esporte, com o talento e o esforço necessários, as dificuldades não foram impedimentos para a sua trajetória na natação. “Minha família não tinha condições de pagar as aulas para mim, mas logo entrei em uma instituição onde era gratuito e comecei a viajar em competições”, lembra.
Dono de 17 medalhas internacionais e nacionais, ano passado Alexandre esteve na Argentina e no Chile, onde participou de uma seletiva para os jogos Parapan-Americanos, onde obteve cinco medalhas. “O ápice do esporte é isso, ir para outro país conquistar medalhas para o seu país”, defende.
O Meeting de Salvador foi a primeira competição do ano e também um treinamento de preparação para o que o espera nas piscinas de Portugal. Pela primeira vez na Europa, Alexandre Júnior conta com entusiasmo que deseja alcançar as competições internacionais. A competição em Portugal é o Open Internacional, que acontecerá nos dias 6 e 7 de abril. Ele participará das quatro provas nos dois dias de competição, sendo o único alagoano junto de outros brasileiros a representar o país.
Representando o Estado de Alagoas, o atleta participará dessa competição que, segundo ele, é a mais importante do ano. O atleta conta com o apoio do Estado para patrocinar a viagem. “Sou bolsista-atleta do Estado, que sempre incentiva e me patrocina quando as competições são mais distantes. Agradeço ao Governo pelo incentivo ao esporte e também à Selaj [Secretaria de Estado do Esporte, Lazer e Juventude], que está auxiliando nas passagens para Portugal; É uma parceria importante”, ressalta.
Prestes a se graduar em Direito, Alexandre Júnior fez seu estágio de dois anos no Gabinete Civil do Estado, e há quatro meses foi contratado como servidor. Atualmente trabalha no setor de Superintendências de Regulamentações Governamentais, e possui ambições para a sua carreira na advocacia.
“Quero atuar na causa da pessoa com deficiência. Como PcD, vejo que hoje as coisas estão mais desenvolvidas, mas quando iniciei no esporte as pessoas não sabiam como tratar uma pessoa com deficiência. Hoje, graças aos meios de comunicação e ao Governo, por meio da Secdef [Secretaria de Estado da Cidadania e da Pessoa com Deficiência], a causa tem mais apoio e visibilidade”.
O atleta é bolsista na faculdade onde realiza a graduação – o UMJ (Centro Universitário Mario Pontes Jucá) – e afirma que o esporte trouxe inúmeras oportunidades para a sua vida. “Se hoje estou trabalhando do Palácio, no Gabinete Civil, foi graças ao estágio que consegui pela faculdade, e o Governo, graças a Deus, me deu a possibilidade de vínculo e fui contratado”, agradece.
Alexandre Júnior relata ainda que o esporte deve ser mostrado também como essa ferramenta de inclusão. “A pessoa com deficiência está onde ela quiser, seja na área do trabalho ou no esporte”.
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