Médicos e enfermeiros são capacitados sobre o Diagnóstico de Anomalias Congênitas
Treinamento visa qualificar profissionais da assistência em saúde quanto ao diagnóstico de anomalias em recém nascidos
Médica Larissa Athayde tratou do Diagnóstico de Anomalias Congênitas, que são anormalidades que podem ser estruturais ou funcionais
Olival Santos / Ascom Sesau
Ruana Padilha / Ascom Sesau
A Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), em parceria com o Ministério da Saúde (MS), realizou, nesta quinta-feira (28), a Oficina de Capacitação sobre o Diagnóstico e Notificação de Anomalias Congênitas no Pré-Natal e ao Nascimento. O treinamento, que ocorreu no auditório da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), no bairro Trapiche, em Maceió, foi destinado aos médicos, enfermeiros das áreas neonatal, parto e puericultura, além dos residentes em obstetrícia dos 102 municípios alagoanos.
Durante o evento, os participantes contaram com as palestras da médica geneticista Larissa Athayde, que tratou do Diagnóstico de Anomalias Congênitas, que são anormalidades que podem ser estruturais ou funcionais que ocorrem durante a gestação, com origem genética, infecciosa, ambiental ou nutricional. Na sequência, o consultor técnico do MS, João Matheus Bremm, falou sobre a Notificação de Anomalias Congênitas.
A superintendente de Vigilância Ambiental e Sanitária da Sesau, Laísa Granja,
explicou que a capacitação teve o objetivo de qualificar os profissionais da
assistência em saúde quanto ao diagnóstico de anomalias congênitas, bem como
sensibilizá-los sobre a importância da notificação desses diagnósticos na
Declaração de Nascidos Vivos (DNV). “O treinamento alinha com os profissionais
a importância da notificação de anomalias congênitas nas declarações dos
recém-nascidos. Pois, com essa informação, os gestores passam a ficar cientes dos
diagnósticos, podendo a partir daí desenvolver melhorias para os casos”,
salientou.
Laísa Granja ressaltou, ainda, que há um número grande de casos subnotificados no Estado, e isso prejudica o desenvolvimento de ações públicas para a saúde. Ela exemplificou que a identificação da correlação do Zika vírus com a microcefalia só foi possível devido às notificações das anomalias que possibilitaram o estudo. “Esse caso nos ligou um alerta de que, se os primeiros casos tivessem sido notificados como deveriam, talvez tivéssemos tido uma sensibilidade maior do ponto de vista epidemiológico, pois é extremamente importante que tenhamos acesso à informação, tanto do ponto de vista da saúde familiar, quanto da saúde pública”, declarou.
O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, reforçou a importância da capacitação. “Precisamos sensibilizar os nossos profissionais acerca da relevância do preenchimento correto da notificação de casos para melhor entendermos a realidade do nosso Estado, nos auxiliando na tomada de decisão para atuarmos em ações de prevenção, diagnóstico e assistência às crianças com anomalia”, alertou.
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