16/01/2024 14:29 | Saúde

Janeiro Roxo: Secretaria de Saúde realiza eventos sobre diagnóstico precoce da hanseníase

Doença tem cura e o tratamento é fornecido na rede pública de saúde


O tratamento para hanseníase é feito por meio de comprimidos que são fornecidos gratuitamente nas UBSs

Carla Cleto / Ascom Sesau


Daniel Tavares / Ascom Sesau

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) promove este mês dois eventos sobre o Janeiro Roxo, campanha que chama a atenção para o diagnóstico precoce da hanseníase. Um seminário sobre a doença acontece no próximo dia 17, e uma mostra de experiências exitosas será realizada no dia 31.

 

O II Segundo Seminário Estadual de Hanseníase vai reunir especialistas na doença no dia 17 janeiro, das 8h30 às 12h30, no auditório da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), localizado na Rua Dr. Jorge de Lima, nº 113, no bairro Trapiche da Barra, em Maceió. O evento terá painéis que abordarão o cenário epidemiológico da doença no Brasil e em Alagoas, além de ações integradas e estratégias desenvolvidas pela Sesau junto aos 102 municípios de Alagoas. Os interessados podem se inscrever pelo link. (https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfdKqSEitp_JEdafEDy29MHe6iNOtcz5gG6huEgSZ3qQ6P2uA/viewform)

 

Já a II Mostra de Experiências Exitosas de Hanseníase em Alagoas vai destacar casos que tiveram um bom resultado após o devido tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no estado. O evento está marcado para o próximo dia 31 de janeiro, das 8h30 às 16h, também no auditório da Uncisal, no Trapiche da Barra, em Maceió. Para se inscrever no evento, basta acessar o link. (https://www.even3.com.br/ii-mostra-de-experiencias-exitosas-em-hanseniase-alagoas-418750/)

 

As ações foram preparadas pelo Programa de Vigilância e Eliminação da Hanseníase da Gerência de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis (GVCDT/SEVISA/SESAU), em parceria com a Gerência de Ações Estratégicas-GAEST/SESAU e a Gerência de Atenção Primária GAP/SESAU.

 

A enfermeira da Área Técnica de Vigilância e Eliminação da Hanseníase da Sesau, Rayssa Teixeira, explicou que a secretaria também enviou um material com um check-list de sugestões para todos os municípios de Alagoas, com o objetivo de auxiliá-los nos planejamento de atividades durante a campanha do Janeiro Roxo. “Estamos recebendo os cronogramas dos municípios e construindo um calendário único para que a gente se faça presente em algumas atividades. Com isso, reforçamos nossa parceria com as secretarias municipais de saúde”, disse Rayssa.

 

O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, destacou a importância de se trabalhar conjunto com os municípios para que o enfrentamento da hanseníase tenha êxito. “Estamos sempre abertos ao diálogo com todas as secretarias de saúde de Alagoas e esse canal de relacionamento nos ajuda a oferecer serviços de saúde com qualidade para todos os alagoanos”, comentou o titular da pasta.

 

Hanseníase tem cura e tratamento

 

Doença crônica e infectocontagiosa, a hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium Leprae e pode ser transmitida de uma pessoa doente que não esteja em tratamento para outra saudável e suscetível. É importante destacar que a hanseníase tem cura e o tratamento é fornecido na rede pública de saúde. Porém, a doença pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou o tratamento não for realizado adequadamente, pois atinge pele e nervos do corpo.

 

Os principais sinais e sintomas que a hanseníase pode apresentar são manchas em áreas da pele com diminuição de sensibilidade térmica (ao calor e ao frio), ao tato e à dor, que podem aparecer em qualquer parte do corpo.

 

A hanseníase é transmissível por meio de gotículas de saliva durante a fala, tosse e espirro, podendo infectar as pessoas que convivem com doentes que ainda não iniciaram tratamento e estão em fases mais graves da doença. Por isso, todas as pessoas que convivem ou conviveram com o doente devem ser examinadas.

 

O tratamento é feito por meio de comprimidos que são fornecidos gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Os medicamentos devem ser tomados diariamente e a cada 28 dias, de forma supervisionada na UBS, até o término do tratamento para alcançar a cura da doença.