19/01/2024 15:58 | Saúde

Janeiro Roxo: Clínica da Família João Fireman realiza palestra sobre hanseníase

Iniciativa possibilitou palestras para pacientes que aguardavam atendimento na unidade


A hanseníase é uma doença curável, mas que ainda sofre muito preconceito por parte da sociedade

Carla Cleto / Ascom Sesau


Fabiano Di Pace / Ascom Sesau

A Clínica da Família João Fireman, localizada no bairro do Jacintinho, em Maceió, promoveu nesta sexta-feira (19) um momento educativo sobre a hanseníase, em alusão ao Janeiro Roxo, mês dedicado ao combate e conscientização sobre a doença.

 

A iniciativa faz parte do programa “Sala de Espera”, que realiza momentos educativos para os pacientes que aguardam atendimento na unidade. “É aproveitando esse momento que oferecemos informações importantes sobre temas ligados à saúde”, explicou a médica dermatologista Tatiana Lucena.  



 

A médica lembrou que a hanseníase é uma doença curável, mas que ainda sofre muito preconceito por parte da sociedade. “A hanseníase carrega um forte estigma social que gera desinformação. Por isso é importante que as pessoas sejam instruídas sobre a doença e entendam a importância do diagnóstico precoce para o tratamento e cura do problema”, destacou.  




Já a enfermeira Camilla Correia destacou que, quanto mais cedo a doença for diagnosticada, mais cedo o paciente será curado.  “A hanseníase é uma doença infecciosa que atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo, pode variar de dois a até mais de dez anos. A doença pode causar deformidades físicas, evitadas quando o diagnóstico é feito no início da doença e o tratamento é imediato”, explicou. 

 

Presente no evento, o jovem Elias Rafael elogiou a iniciativa. “É sempre importante aprender sobre nossa saúde, especialmente sobre um problema grave como a hanseníase”, declarou. 

 

Sintomas

 

Manchas brancas ou avermelhadas sem sensibilidade para frio, calor, dor e tato, sensação de formigamento, dormência ou fisgadas; aparecimento de caroços e placas pelo corpo; dor nos nervos dos braços, mãos, pernas e pés, diminuição da força muscular. A identificação da doença é essencialmente clínica, feita a partir da observação da pele, de nervos periféricos e da história epidemiológica. Excepcionalmente são necessários exames laboratoriais complementares, como a baciloscopia ou biópsia cutânea.

 

A transmissão se dá entre pessoas. Um paciente que apresenta a forma infectante da doença, estando sem tratamento, elimina o bacilo pelas vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim transmiti-lo para outras pessoas suscetíveis. O bacilo de Hansen tem capacidade de infectar grande número de pessoas, mas poucas adoecem, porque a maioria tem capacidade de se defender contra ele.