05/10/2023 14:16 | SegurançaUtilidade Pública

IML de Maceió procura familiares de quatro homens que deram entrada em setembro

Serviço de busca ativa do IML procura garantir o direito dos familiares de sepultar os parentes


Divulgação dos dados pessoais e características físicas contribuem na identificação dos corpos pelos familiares


Aarão José / Ascom Polícia Científica

O Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML), de Maceió, divulgou na manhã de hoje (5) a relação dos corpos que deram entrada na última quinzena de setembro e que permanecem no órgão. Dois desses cadáveres foram identificados oficialmente pelo exame de necropapiloscopia, mas não foram reclamados pelos familiares, podendo ser inumados como indigentes. 

 

De acordo com o Departamento de Identificação Humana (DIH) do IML, um desses cadáveres foi identificado como o de Carlos Henrique da Silva, de 46 anos, de pele parda, olhos castanhos, cabelos longos, com 1,60 de altura, natural de Maceió, e que residia no bairro da Levada. O corpo dele foi recolhido no dia 21 de setembro no Hospital Escola Dr. Hélvio Auto, após falecimento por morte clínica.    

 

O outro corpo foi identificado como o de José Thiago Gonçalves de Oliveira, de aproximadamente 32 anos de idade, conhecido como Foguinho, supostamente natural de Murici e que vivia em situação de rua desde a adolescência. O corpo dele foi recolhido no último dia 17 de setembro, na Praça Sinimbu, no Centro de Maceió, e de acordo com o papiloscopista Rogério Castro, ele foi identificado através do arquivo criminal. 

 

“Quando realizamos o exame de necropapiloscopia, cruzamos as digitais coletadas do cadáver com o arquivo civil e criminal do Instituto de Identificação de Alagoas. No caso dele, ficou constatado que ele não possuía carteira de identidade no estado. Ele foi identificado através da folha de antecedentes criminais, com informações repassadas por ele em vida, quando o mesmo foi preso”, explicou o papiloscopista da Polícia Científica.   

 

Outros dois corpos que entraram nesse mesmo período permanecem como não identificados porque os exames de necropapiloscopia deram inviabilizados. Nesses casos, o IML está divulgando as características físicas e os vestuários na expectativa de que algum familiar identifique e procure o órgão para iniciar o procedimento de identificação oficial para liberação dos corpos. 

 

Um desses corpos é de um adulto do sexo masculino que estava usando uma bermuda cinza, camiseta bege com desenho na frente. A vítima de pele parda não possuía sinais de nascença, marcas ou tatuagem, e foi recolhido no dia 23 de setembro no município de União dos Palmares. 

 

O outro cadáver também é do sexo masculino e de pele parda, também recolhido no dia 23 de setembro, mas no bairro do Clima Bom, em Maceió. Segundo o relatório do DIH, ele estava vestido com um calção preto com listras laterais de cor laranja, camiseta azul e possui várias tatuagens. Entre elas, uma faca na perna direita, o nome Manoel no braço direito e uma bruxa com um revólver. 

 

Familiares que identificarem os corpos a partir dos dados pessoais ou pelas características físicas divulgadas, devem procurar a sede do IML de Maceió, no Tabuleiro do Martins, para proceder com o protocolo de liberação do cadáver para sepultamento. Caso ninguém compareça para reclamar os corpos, a chefia do IML explica que, após o prazo de 60 dias, a unidade poderá realizar o sepultamento como indigente.