IMA, Ibama e Ufal discutem medidas de contenção ao Peixe-leão e coral-sol
Os bioinvasores representam diversos riscos para o ambiente marinho, os setores socioeconômicos e a saúde humana
Laura Nascimento* / Ascom IMA
O peixe-leão (Pterois volitans) e o coral-sol (T. coccineaT. Tegusensis) voltaram a ser pauta de reunião por apresentarem risco à biodiversidade costeira marinha alagoana. O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA), por meio da Coordenação de Gerenciamento Costeiro, discutiu o tema com com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Universidade Federal de Alagoas (Ufal), nessa segunda-feira (19).
Durante o encontro, foram planejadas as ações que serão desenvolvidas pelos órgãos ambientais em parceria com a Ufal. Nesta fase, pesquisas da Universidade são levadas em consideração, visto que o peixe-leão e o coral-sol são duas espécies invasoras, não nativas do Brasil e demandam atenção.
De acordo com Juliano Fritscher, consultor ambiental do IMA, elas já foram registradas no estado, no entanto a dimensão das proliferações ainda não foi calculada. “Como invasores, esses animais possuem uma capacidade muito maior do que as espécies nativas de se espalharem pelo ambiente.
O peixe-leão possui espinhos venenosos e prejudiciais à saúde humana, apresentando riscos para turistas, pescadores e mergulhadores que atuam na área costeira, além do próprio ecossistema onde se insere, afetando animais marinhos como predador em potencial. Sem espécie predatória, por sua vez, tem uma proliferação rápida e sem controle”, afirmou Fritscher.
Já o coral-sol consegue dividir sua reprodução em vários períodos diferentes durante o ano, o que aumenta seu potencial de disseminação. Por ser uma espécie exótica, não existem predadores naturais para ele também. Assim, sua proliferação se sobrepõe às espécies nativas, gerando um desequilíbrio nos ambientes recifais.
Com a reunião de conhecimentos diversos, o IMA, a Ufal e o Ibama devem atuar como propagadores dessas informações, que atualmente estão majoritariamente no meio acadêmico. O objetivo é aumentar a rede de conhecimento, principalmente entre os pescadores e demais atores sociais, como colônias de pescas, empresas de mergulho e turismo.
Cynira França, analista ambiental do Ibama, destaca a importância dessa divulgação. "A partir daí, se inicia o trabalho da educação ambiental, desenvolvendo ações em conjunto com o projeto Cultiva Coral, do IMA, e também focando no combate ao coral-sol e ao peixe-leão", enfatiza.
Essas espécies não devem ser manuseadas sem preparo. Caso seja detectada a ocorrência de alguma delas, os órgãos ambientais devem ser acionados. O IMA pode ser acionado pelo WhatsApp, por meio do número 82-98833-9407 e pelo telefone 82-3512-5999. O Projeto de Caracterização Regional da Bacia (PCR) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) possuem um canal de informação sobre a bioinvasão, que pode ser contatado por meio do número (81) 99654-5863.
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