26/09/2023 11:49 | Meio Ambiente

Equipe do Centro de Animais Silvestres visita áreas para possível soltura de espécies

Proprietários de áreas relativamente grandes também podem contribuir com essa ação, bastando entrar em contato com o IMA/AL


Durante a inspeção da área, houve o levantamento de drone para a captação de imagens aéreas

Ascom IMA


Ascom IMA

Equipe do Centro de Animais Silves (Cetas) do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL) vistoriou, na última sexta-feira (22), uma área que pode se tornar mais uma na lista de locais para soltura de espécies silvestres. De acordo com o instituto, uma das preocupações existentes nos trabalhos desenvolvidos pelas equipes órgão é a preservação da fauna silvestre.


É por isso que a vistoria e definição de áreas para soltura de animais são ações recorrentes para quem está alocado no Cetas, que também possui administração compartilhada com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).





Durante a inspeção da área, houve o levantamento de drone para a captação de imagens aéreas, bem como a observação da fauna e flora do ambiente. A presença dos proprietários nesse momento também foi fundamental para explicar quais os trâmites que virão após essa primeira etapa e sanar algumas dúvidas sobre a construção de um viveiro de aclimatação na região, que possui algumas especificações técnicas.


 

Segundo Ana Cecília Pires, veterinária e bióloga do IMA no Cetas, é preciso ver toda a área para identificar os habitats e a partir disso definir quais espécies podem ser soltas em cada região. Ademais, dependendo da espécie, é necessário a ajuda do proprietário caso necessite da construção de um viveiro de aclimatação.




“O viveiro de aclimatação é um espaço, construído geralmente nas áreas de soltura, que auxilia na adaptação desses animais na natureza. Portanto, é bem importante que o responsável pela área possa ajudar levando comida para aquele ambiente até que as espécies se adequem e consigam procurar alimento na região”, explica Ana.


Vale destacar que também na sexta-feira, os técnicos realizaram a soltura, em uma região já cadastrada, de 10 animais das espécies: jiboia (Boa construtor), cobra verde (Philidryas olfersii), cobra coral verdadeira (Micrurus ibiboboca), cassaco (Didelphis albiventris), tamanduá mirim (Tamanduá tetradactyla).




Inclusive os interessados em cooperar nesse tipo de execução e que tiverem alguma área com potencial para se tornar uma região de soltura podem entrar em contato com o IMA através do (82) 3512-5999 e requisitar direcionamento técnico para essa solicitação. Após isso, uma equipe irá até o local para vistoriar e caso o ambiente seja propício para soltura de animais silvestres, é enviada toda a documentação necessária, como checklist e formulário. Na sequência existe a entrada no protocolo do órgão e o cadastro da área.

 

A veterinária também pontua que a área precisa ser relativamente grande, segura, fornecer um ambiente que seja semelhante ao habitat natural do animal, incluindo abrigo, comida e água. Todas essas especificações são necessárias para garantir que os animais tenham mais chances de sobrevivência e sucesso na reintegração à natureza.