04/05/2023 18:38 | Gestão e FinançasGoverno de Alagoas

Em Penedo, povos originários participam da construção do Plano Plurianual do Governo

Fóruns Regionais Participativos estão acontecendo em nove cidades polos de Alagoas, ouvindo as comunidades locais


Representações indígenas, quilombolas, ribeirinhas, estudantes, professores, técnicos e gestores lotaram o auditório para participar do debate

Larissa Costa/ Ascom Seplag


Larissa Costa/ Ascom Seplag

“Vemos no PPA a oportunidade de garantir ainda mais preservação de nossos costumes e tradições”. A fala foi do representante das etnias Pankararu e Xucuru-Kariri, durante o Fórum Regional Participativo do novo Plano Plurianual (PPA) do Governo de Alagoas, realizado na quarta-feira (03), na cidade de Penedo. A iniciativa abrangeu moradores dos municípios do Baixo São Francisco, no Sertão alagoano.

 

Os fóruns regionais participativos são organizados pela Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag). Eles acontecem em municípios polos de Alagoas, com o objetivo de ouvir a sociedade alagoana para a construção do PPA - principal mecanismo de planejamento do governo por quatro anos.

 

Em Penedo, houve participação massiva da sociedade organizada. Estudantes, professores, comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas, técnicos e gestores municipais se organizaram em grupos para relatar as demandas prioritárias dos moradores da região. A dinâmica se desenvolveu a partir de temas centrais.


“É uma grande satisfação ver o auditório lotado, com a sociedade e o poder público engajados na construção do planejamento do governo. Essa postura faz com que nós possamos entender ainda melhor as necessidades reais dos moradores da região do Baixo São Francisco”, destacou o secretário de Planejamento, Gestão e Patrimônio, Gabriel Albino.

 

Moradora de Igreja Nova, a 150 km de Maceió, Michelle Ferreira participou do grupo Saúde e Assistência Social. Ela é servidora municipal e trabalha com pessoas que estão em vulnerabilidade ou passam por situação de violência de direitos, como assédio, discriminação e abuso.

 

“Nós que estamos na ponta e lidamos diretamente com as pessoas vulneráveis, conseguimos identificar lacunas. No entanto, muitas vezes não há resoluções em tempo hábil por falta de uma melhor estrutura. E essa proximidade com o governo por meio dos fóruns, vai possibilitar estratégias para soluções rápidas e mais assertivas”, explicou Michelle.

 

E completou: “Uma das sugestões que colocamos aqui na oficina foi a de capacitação continuada dos técnicos, com o objetivo de oferecer um suporte ainda maior e mais eficiente para as pessoas vulneráveis”. Michelle trabalha no Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas), de Igreja Nova.

 

Estudante da Escola Estadual Alcides Andrade e morador do bairro Dom Constantino, em Penedo, Luiz Alexandre de Oliveira participou do grupo Povos Tradicionais e População Negra. Na dinâmica, ele contribuiu com soluções para uma educação pública mais inclusiva, que contemple a diversidade dos povos.

 

“É importante estudar e conhecer a história do Brasil, mas geralmente a história é contada por apenas uma perspectiva que não contempla a diversidade do nosso povo, como os indígenas e afrodescendentes. E participar da construção do PPA é uma ótima oportunidade para a gente sugerir transformações positivas”, disse o estudante que cursa o último ano do Ensino Médio. o ensino