28/11/2023 17:43 | Saúde

Em parceria com Ministério da Saúde, Sesau capacita médicos e enfermeiros sobre febre maculosa

Curso teve o objetivo de ampliar a capacidade de identificação da doença, facilitando o diagnóstico


Além de Técnicos da Sesau, capacitação foi ministrada por representante do Ministério da Saúde e da Unicamp

Marco Antônio / Ascom Sesau


Ruana Padilha / Ascom Sesau

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) realizou, nesta terça-feira (28), no auditório do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed/AL), capacitação para ampliar a identificação da febre maculosa, facilitando o diagnóstico e, consequentemente, o cuidado apropriado do paciente. O encontro, que foi promovido em parceria com o Ministério da Saúde (MS), reuniu médicos e enfermeiros dos 56 municípios alagoanos que atuam na I Macrorregião de Saúde, formada pela capital alagoana, por municípios dos Litorais Norte e Sul e da Zona da Mata. 


 


O coordenador do Programa Estadual de Controle de Zoonoses da Sesau, Clarício Bugarim, explica que Alagoas ampliou a vigilância com relação à febre maculosa. “A capacitação é importante para que, junto ao Ministério da Saúde, consigamos montar essa rede de vigilância, com o intuito de que tenhamos um diagnóstico oportuno e possamos oferecer aos pacientes um tratamento adequado. Por isso, estamos estruturando toda a rede, tanto na parte da vigilância dos seres humanos quanto da vigilância dos animais e do ambiente, por se tratar de uma doença com potencial zoonótico, uma doença que acontece primeiramente nos animais”, disse.


Para a consultora técnica do Ministério da Saúde, Ana Carolina Faria, o treinamento reforça um olhar mais atento aos novos potenciais pacientes portadores da doença. “A capacitação faz parte de um desdobramento que foi criado no ano passado, onde trouxe uma preocupação de avaliar a necessidade de treinar e preparar os médicos em Alagoas para potenciais novos casos que possam existir da doença. Então, a ideia desse treinamento é dar início a uma vigilância no Estado, capacitando os médicos e profissionais de saúde para um olhar mais atento e assertivo diante aos diagnósticos”, afirmou.




Participante do treinamento, a médica residente de infectologia em Maceió, Vanessa Ventura, destacou a necessidade de orientação sobre a febre maculosa. Ela explicou que, por ser uma doença não muito comum, os médicos podem ser pegos de surpresa com os sintomas. “É uma doença que não faz parte do nosso dia a dia e, com isso, muitas vezes o médico lá na ponta dos serviços de urgência ou na Atenção Básica é pego de surpresa. Esse encontro de hoje nos subsidiou pelo menos para suspeitarmos e, a partir daí, fazermos um diagnóstico mais assertivo da febre maculosa, porque tempo é vida, representando a oportunidade de mudar o desfecho da doença”, frisou.

 

Durante o evento, os participantes tiveram como facilitadores a gerente de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Sesau, Waldinéia Maria da Silva; o médico veterinário da Vigilância de Controle das Zoonoses da Sesau, Clarício Bulgarim Neto; além da consultora técnica do MS, Ana Carolina Farias e do médico infectologista do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Rodrigo Angerani.


Febre maculosa


É uma doença infecciosa com uma erupção característica, muitas vezes transmitida pela picada de um carrapato. A febre maculosa é uma doença possivelmente fatal que costuma ser causada pela picada de um carrapato infectado com bactérias da família Rickettsia.

 

Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e dores musculares. Pode haver erupções, geralmente com pele escura ou crosta no local da picada de carrapato. A febre maculosa responde bem ao tratamento imediato com antibióticos.