25/08/2023 16:29 | Segurança

Dia do Soldado: militares falam sobre o significado em suas vidas

25 de agosto celebra o aniversário de Duque de Caxias e homenageia todos os combatentes


Militares contam o sentimento ao servir a corporação militar

Igor Lessa /Ascom PMAL


Fernanda Alves/Ascom PMAL

No calendário nacional, 25 de agosto marca o Dia do Soldado. Uma referência ao nascimento de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias. Nascido no ano de 1803, sua trajetória foi construída nas armas, participando ativamente de episódios como as guerras da Cisplatina e do Paraguai. Seu legado o tornou patrono do Exército Brasileiro. A nomenclatura utilizada para indicar a base da hierarquia militar, também representa um termo genérico extensivo a todo militar, independente da patente ou da graduação: “soldado”. Conheça alguns dos homens e mulhares que fazem a PM de Alagoas e suas respostas diante da pergunta: “O que significa ser soldado?”.


Modelo para os pares, superiores e subordinados, o 2º sargento Saulo de Moura Santos exerce a atividade-fim com responsabilidade e dedicação desde o ano de 2002. Com passagens pelo Batalhão de ROTAM e 2ª Companhia de Polícia Militar Independente (CPM/I), o sargento Saulo atualmente se destaca por sua atuação na Força Tática do 5º BPM, parte alta da Capital.

“Ser soldado para mim é algo gratificante. Significa servir ao próximo mesmo com o risco da própria vida. Muitas vezes saímos às ruas sem a certeza do retorno ao lar, mas com a fé de que voltaremos para casa, pois um bom soldado cumpre suas missões com garra e determinação. Servir e proteger: essa é nossa missão e vocação. Sou feliz por ser um eterno soldado. Minha farda é minha segunda pele”, assegura o sargento.


Luiz Vieira tem 24 anos e após aprovação no concurso público, deixou a cidade de Nazaré da Mata, em Pernambuco, e veio para Alagoas. Ele é um dos alunos do Curso de Formação de Praças (CFP). É a primeira vez que o futuro combatente está comemorando a data temática. “Ser soldado para mim é realizar a vocação, um chamado, um sacerdócio que é mais que uma profissão. É ser o pacificador, como Duque de Caxias, em cada guerra diária enfrentada nos serviços. É amar a pátria com febril amor. É cultuar valores e símbolos. É estar disposto a dedicar sua vida em defesa de desconhecidos. É ser camarada, fraterno e irmão com os seus pares. Doar-se tendo o senso de missão de fazer o bem da sociedade independente das circunstâncias adversas”.

Incorporada à PM em 2013 e anos depois promovida a cabo, ela foi aprovada em um novo concurso público. A cadete do 1° ano do Curso de Formação de Oficiais (CFO), Nayara Condja se tornará oficial da Corporação. A cadete detém ainda o título de primeira Policial Militar Feminina (PFem) a concluir o Curso Operacional de ROTAM (COR/2016). “Ser soldado é antes de tudo uma missão. Por vezes árdua, mas gratificante. É ser abnegado, resiliente, disciplinado e ao próximo, bem como cumpridor dos seus deveres. O Dia do Soldado é uma data muito importante para nós que temos um papel muito importante na sociedade, o de protegê-la apesar de todos os desafios”.

Natural de Pernambuco e nascida em família de militares, a coronel Joana D´Arc é referência do Quadro de Saúde da PM. Considerando como um sonho realizado, a militar ressalta a importância de servir à Briosa desde 1992. “Ser soldado é mais que uma profissão é uma missão de vida. Meu lema é “insistir, persistir e não desistir”, porque no final vale a pena. A caminhada não é fácil, exige muita dedicação e sacrifícios, como ocorreu durante a pandemia da Covid-19, mas somos obstinados e cumprimos sempre a missão. Hoje posso afirmar que os desafios que enfrentei nesses 31 anos de caserna como policial, mulher e enfermeira me trouxeram grandes aprendizados que tento repassar para a tropa como comandante. Meu desejo é que a partir de agora mais e mais mulheres consigam alcançar o posto e o reconhecimento que nós merecemos”.


Mesmo ocupando o maior cargo da Corporação, o comandante-geral da PM, coronel Paulo Amorim ressalta conservar a essência de soldado combatente. “Ser soldado, independente da patente ou da graduação significa conservar o modelo de nosso grande pacificador e combatente Duque de Caxias. Consiste em honrar a farda e a missão. Fui cadete, aspirante, cumpri com rigor e empenho todas as patentes do oficialato e cheguei ao Comando Geral, mas conservo o rigor e o zelo que o termo soldado carrega e me empenho por ser exemplo a cada um dos meus comandados”.