Alagoas registra maior redução de feminicídios do país no primeiro semestre 2023
Com redução de 50%, no comparativo entre 2019 e 2023, dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam empate com MS
A diminuição comparando com o ano passado foi de 7,1%, número acima da média do Nordeste, que apresentou queda de 5,6%
Alan Fagner
Alan Fagner/Ascom SSP
Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgados na última segunda-feira (13), mostram que Alagoas foi o estado com maior redução de feminicídios do país durante o primeiro semestre de 2023, na comparação com o mesmo período de 2019, ano de início do levantamento. Com redução de 50%, o estado empatou em primeiro lugar com Mato Grosso do Sul, no ranking de melhores resultados dos últimos quatro anos.
Na comparação do primeiro semestre deste ano com o ano anterior, a diminuição foi de 7,1%, número acima da média obtida pela região Nordeste, que apresentou queda de 5,6%.
Desse modo, as estatísticas apontam que em contraposição com os números do país, em que as mortes de mulheres por questões de gênero crescem ininterruptamente desde a aprovação da lei em 2015, em Alagoas esse número vem diminuindo. No Brasil, houve crescimento de 2,6% no número de feminicídios na comparação primeiro semestre 2022/2023 e 14,4% na relação 2019/2023.
Ainda segundo os dados do fórum, os casos de homicídio doloso de mulheres, quando não há questões de gênero envolvidas na morte, caíram 6,3% na variação do primeiro semestre entre 2022 e 2023. No país, foi constatado um aumento de 2,6% no mesmo período.
Para o secretário de Segurança Pública, Flávio Saraiva, os números comprovam a efetividade das ações desenvolvidas pelas forças de segurança no combate e prevenção da violência contra a mulher.
“As ocorrências de violência contra a mulher são prioridade no atendimento do 190, assim como a Polícia Civil vem atuando de forma efetiva para levar à Justiça aqueles que cometeram feminicídios no estado. Além disso, temos uma Patrulha Maria da Penha efetiva, que nunca teve uma de suas assistidas vítimas de feminicídio. Isso é muito importante porque, muitas vezes, só podemos atuar quando a mulher denuncia e para que ela faça isso, ela precisa confiar na Segurança Pública”, disse.
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