13/12/2022 16:34 | SegurançaDireitos Humanos

Seris discute políticas públicas para população LGBTQIAP+ em privação de liberdade

A iniciativa, realizada em parceria com a Semudh, faz parte das ações de humanização do sistema carcerário


Jorge Santos / Ascom Seris


Janaina Marques / Ascom Seris

Como parte as ações de humanização do sistema penitenciário alagoano, a Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris), em parceria com a Secretaria da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh), promoveu uma oficina temática nesta terça-feira (13), para discutir políticas públicas voltadas para a população LGBTQIAP+ em privação de liberdade. O evento, realizado no auditório da Gerência de Saúde da Seris, foi direcionado aos profissionais de saúde que atuam no complexo prisional.

 

“Cada sociedade vai evoluindo à medida que vai preservando os direitos de todas as pessoas, independente de gênero ou orientação sexual, e é isso que o nossa pasta busca diariamente”, afirmou o secretário da Seris, coronel PM Marcos Sérgio de Freitas, durante a abertura da oficina temática que abordou o tema “Sistema penitenciário e as políticas públicas para LGBTQIAP+”.

 

A oficina foi dividida em três temas: Entendimento sobre a jurisprudência sobre a temática LGBT, proferido pelo superintendente de Políticas Públicas para os Direitos Humanos e Igualdade Racial, Mirabel Alves; Orientação sexual e identidade de gênero, ministrado pela escritora e atriz Isis Florescer; e Estudos em Políticas Públicas para LGBT, abordado pela pedagoga Maria Alcina.

 

A palestrante Isis Florescer enfatizou a importância do debate sobre o tema. “Proporcionar momentos como esse não é importante só por uma questão de legislação, mas, sim, por uma questão humana, uma questão ética e uma questão de cidadania. Então, é importante falar sobre esses assuntos tidos como tabus na sociedade. Nós estamos aqui para quebrar esses paradigmas e esses estigmas”, concluiu Florescer.

 

A assistente social da unidade prisional feminina Santa Luzia, Ana Deise de Souza, falou da importância de se debater a temática no sistema prisional. “Eu acredito que discutir o tema não é importante só para mim, mas para todos que compõem o sistema prisional, desde a chefe da unidade até a enfermeira que realiza o atendimento à reeducanda. Isto nos dá uma visão melhorada e ampliada de como deve ser o tratamento dado à população LGBTQIAP+, que vem crescendo cada dia mais. Participar de momentos como este é muito importante para que a gente possa garantir os direitos desse público, da melhor maneira possível”, frisou.

 

No segundo momento da oficina, no período da tarde, foram realizados grupos de trabalho por área de atuação, para propor ações sobre o tema debatido.