A secretária de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos, Maria Silva, foi agraciada com o prêmio Mulheres Brasileiras que Fazem a Diferença nesta sexta-feira (10). A honraria é concedida pela Embaixada e Consulados dos Estados Unidos do Brasil e homenageia mulheres que têm atuações e trabalhos de destaque em diversas frentes em prol de suas comunidades.

A atuação à frente da Semudh foi o principal fator que levou ao reconhecimento internacional. Nos quase cinco anos de liderança da pasta, construiu uma gestão marcada pela promoção da inclusão nas políticas públicas para as populações mais vulneráveis, priorizando as mulheres das comunidades tradicionais (ciganas, indígenas, quilombolas, pescadoras e marisqueiras), a população rural, população de rua, pessoas sem teto e sem terra, pessoas com deficiência e a população LGBTQIAP+.

“Este prêmio é o reconhecimento da nossa luta, que visa dar visibilidade para todas as questões que envolvem as populações mais vulneráveis. Precisamos sempre dar voz às mulheres, aos negros, aos quilombolas, aos ciganos, à comunidade indígena e a todos e todas que precisam ter seus direitos efetivados. Agradeço fortemente a Embaixada por esta honraria, ao Governo de Alagoas e a todas, todos e todes que fazem parte da Semudh pelo empenho e dedicação nas lutas do dia a dia”, disse Maria Silva.

Outro fator diferenciado do seu trabalho é a humanização, que a permitiu desenvolver uma gestão inovadora e mais participativa, levando sua equipe a todas as regiões de Alagoas para dar apoio às comunidades mais distantes e necessitadas na busca de soluções para garantir a proteção dos direitos humanos.

Esta não é a primeira vez que a secretária da Semudh teve sua atuação reconhecida no exterior. Seu trabalho em prol do empoderamento feminino, do enfrentamento às violências e da proteção dos direitos de comunidades tradicionais, bem como sua experiência e liderança, a levaram a participar do Programa de Intercâmbio de Lideranças nos Estados Unidos da América (International Visitor Leadership Program) com o tema "Combating Gender-Based Violence", em 2020.

Antes de comandar a Secretaria da Mulher e dos Direitos Humanos, Maria também teve atuações de destaque na Central Única das Favelas (CUFA) e na Fundação Cultural Palmares, onde foi superintendente Regional Nordeste e participou da certificação de 32 quilombos.

Além da secretária Maria Silva, outras seis mulheres também foram premiadas. São elas:

Aline Souza da Silva - diretora-presidente da Central de Cooperativas de Materiais Recicláveis do Distrito Federal e Entorno;

Erika Hilton - ativista dos direitos afro-brasileiros e LGBT+ e primeira deputada federal transgênero eleita pelo Estado de São Paulo;

Flávia Santos Twardowski Pinto - professora e diretora-geral do Campus Osório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul;

Jacqueline Moraes da Silva - secretária de Estado da Política da Mulher do Espírito Santo;

Marciele Procópio Delduque - fundadora da Rede Marianas Mulheres Que Inspiram;

Txai Suruí - militante da causa climática climática e fundadora e coordenadora do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia.