Polícia Científica retoma coleta de DNA de presos no Estado
Exame comparativo entre material genético dos detentos e de vestígios em cenas de crimes permite elucidar casos
Sede da Polícia Científica onde amostras de material biológico são coletadas
Ascom
Aarão José
A Polícia Científica do Estado de Alagoas (Polcal) realizou ontem (3) a
primeira coleta do ano de DNA de presos no Estado, trabalho executado pelo Laboratório de Genética Forense do
Instituto de Criminalística. A primeira unidade do sistema penitenciário
visitado foi o Presídio do Agreste em Girau do Ponciano.
Os peritos criminais Marek Ekert e Isabel Bechara, responsáveis pela coleta, explicaram que nessa primeira atividade do ano foram colhidos materiais genéticos de 22 presos. São detentos que foram condenados por algum tipo crime doloso praticado com violência grave contra a pessoa, crimes contra a vida, contra a liberdade sexual ou crime sexual contra vulnerável, conforme prevê o art. 9º-A da Lei n°12.654/1984 de Execução Penal.
Todas essas amostras de material biológico, coletadas nos apenados, são
levadas para o Laboratório de Genética que fica na sede do IC, em Maceió. Na
unidade, os peritos criminais extraem o DNA e inserem o resultado no banco
estadual e na Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), que é
compartilhado por vários estados da federação e do Distrito Federal.
“Essa é uma ação nacional continuada de coletas de materiais biológicos realizada por todos os estados brasileiros. O resultado desse trabalho, de captação e extração de perfis genéticos, tem sido de extrema importância para combater e elucidar crimes como estupros, homicídios, latrocínios, entre outros, mesmo que o autor tenha praticado o delito em qualquer parte do país”, explicou o perito criminal Marek Ekert.
A coleta de DNA de apenados recolhidos no sistema prisional alagoano é
realizada por meio de uma parceria entre a Polícia Científica e a Secretaria da
Ressocialização e Inclusão Social (Seris). Desde que foi iniciada, a medida
permitiu a extração e inserção de mais de 1,6 mil perfis genéticos de presos no
banco estadual e na RIBPG.
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