17/03/2023 18:25 | Cultura

ESPECIAL MUSEU DO PALÁCIO

Palácio Floriano Peixoto levou nove anos para ser concluído

A construção do Palácio Floriano Peixoto foi iniciada em 1893, mas devido a algumas paralisações só foi inaugurada em 1902


Marco Antônio / Agência Alagoas


Fábia Assumpção / Agência Alagoas

O projeto arquitetônico e execução da obra ficaram sob a responsabilidade do engenheiro militar alagoano Carlos Jorge Calheiros de Lima, na administração do governador Gabino Suzano de Araújo Besouro (1892/1894) e após algumas paralisações que atrasaram a obra, foram retomadas na administração de Manoel Gomes Ribeiro Júnior (Barão de Traipú - 1894/1897), período em que atuaram, entre outros, os engenheiros Morada, Adolfo Lins, Francisco Severiano Braga Torres e Luiz Gonzaga. A obra viria a ser finalizada com o projeto do arquiteto italiano Luigi Guiseppe Lucarini (1842-1907), que trouxe inovações profissionais para época, inclusive assinando outros prédios que viriam a ser levantados, como o do antigo prédio-sede do Tribunal de Justiça de Alagoas.

Em um painel instalado no hall de entrada do Museu, está estampada a primeira página do jornal “A Tribuna”, do partido Republicano, anunciando três acontecimentos no dia 16 de setembro de 1902: a Emancipação Política do estado de Alagoas; o aniversário do então governador Euclides Malta (1900 - 1903) e a inauguração do Palácio Floriano Peixoto, que seria a primeira residência oficial dos governadores alagoanos.



Anteriormente à construção do Palácio do Governo, havia no local o sobrado do abastado comerciante português, Francisco José da Graça, localizado à Rua do Comércio, esquina com a Rua da Rosa, atual Senador Mendonça, onde se instalou, em 1819, o 1º Governador da Capitania, Sebastião Francisco de Mélo e Póvoas, e o sobrado do Barão de Jaraguá, situado na Rua Barão de Anadia. Este palacete foi demolido em 1940, para no local edificar-se o prédio do Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Empregados em Transportes e Cargas.


Através do Decreto Estadual nº 417, de 17 de outubro de 1947, assinado pelo governador Silvestre Péricles de Góes Monteiro, o edifício oficial, residência e palácio do governo, passa a denominar-se de "Palácio Marechal Floriano Peixoto".