Elas estão presentes tanto na parte de front-end (design) como de back-end (código em si) e dão um ritmo diferenciado para a dinâmica de trabalho da Gerência de Desenvolvimento (Gerd) do Instituto de Tecnologia em Informática e Informação (Itec). que, pela primeira vez, conta com um número significativo de mulheres desenvolvedoras.

Durante toda a existência da Gerd, que é subdividida nas fábricas de sistemas e de sítios, as equipes sempre foram predominantemente masculinas, o que começou a se modificar ainda durante a pandemia, com a chegada das primeiras programadoras, mudança que se intensificou no hiato do período eleitoral.

Na fábrica de sistemas, ou o que se pode chamar de departamento de código bruto, projetos como o “Vida Nova nas Grotas”, da Seinfra, o “Emergencial Chuvas” da Controladoria-Geral do Estado (CGE) e também sistemas internos, como o “Terminus”, de monitoramento de redes internas do próprio Itec, tiveram a atuação das programadoras.

“Além dos sistemas finalizados, nós seguimos desenvolvendo outros onze projetos, dentre eles, o Sistema de Correição, para a CGE, e o Sistema Gestor de Concursos para a Seplag, de suma importância para o cidadão. Temos mais três sistemas em fase de homologação, como o Sistema do IML, da Perícia Médica e Identificação Civil (INCR) para a Associação Brasileira de Entidades Estaduais de TIC (Abep) e já estão surgindo novos sistemas e funcionalidades”, explicou Larissa Santos, desenvolvedora da fábrica de sistemas Itec.

A fábrica de sítios também vem em um processo intenso de trabalho, tanto na entrega de novos portais como na maratona de republicação de todos os sites governamentais que estiveram fora do ar durante o período eleitoral, contando também com o olhar minucioso de uma equipe de mulheres front-ends.

“Somente este ano, publicamos ao todo 26 sites governamentais, já no novo padrão. Tivemos que reorganizar as equipes para que todos os portais estivessem republicados logo após o resultado do pleito e término das eleições. Vínhamos de um processo de treinamentos e reuniões de trabalho on-line com órgãos e secretarias, que deu muito certo, e agora estamos nos readequando ao ritmo presencial, sem baixar a produtividade” explicou a webdesign, Livia Wanderley.

Para o gerente de desenvolvimento, Luís Cláudio Burgos, a grande presença feminina no desenvolvimento é um reflexo do próprio mercado, que vem se modificando. “Todo nosso processo de contratação não visa especificamente o gênero, mas, sim, as habilidades. Contudo, é muito bom que cada vez surgem mais mulheres preenchendo os requisitos das vagas, e isso é um reflexo também de que elas estão optando mais pela faculdade/carreira em tecnologia. Um ambiente de trabalho com equipe mista tende a ser mais equilibrado, sempre pautado, importante que se diga, no respeito a todos. Que elas possam se inserir também em outras áreas da tecnologia, para além do código” observou o gerente.

Um dos projetos estudados pela Gerência de Desenvolvimento Itec é o de montar um time de mulheres webdesigns na fábrica de sítios Itec.

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