O Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, realizou uma mobilização com servidores, pacientes e acompanhantes, no sentido de conscientizá-los para o combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Referência na II Macrorregião de Saúde para atendimentos destes tipos de casos, a equipe da Área Lilás visitou todos os setores da instituição, a partir da recepção, para distribuir panfletos informativos e brindes, visando lembrar a respeito da luta contra este tipo de violência.

A ação, realizada nessa quinta-feira (18), marcou as ações alusivas ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e foi promovida em parceria com a Brinquedoteca Alegre e Brinque e o Grupo de Trabalho Humanizado do Hospital de Emergência do Agreste.

Conforme Yanna Albuquerque, responsável pela Área Lilás, além de atender as vítimas de violência sexual, a unidade hospitalar tem a função social de fomentar a conscientização dos seus colaboradores e usuários sobre a gravidade da exploração e o abuso sexual.

“A Área Lilás faz parte da Rede de Atenção às Violências da Secretaria de Estado da Saúde. Sentimos a necessidade de sensibilizar e convocar a sociedade e os diferentes atores sociais a refletir sobre esta causa e entender que a criança e o adolescente são sujeitos de direitos e de proteção. Como profissionais, visamos, diariamente, fortalecer as redes de atenção para que consigamos mudar essa realidade social, interrompendo e quebrando um ciclo de violência que, na maioria das vezes, acontece dentro do ambiente familiar”, explicou Yanna Albuquerque.

O enfermeiro Paulo Alberto Leite Oliveira considerou muito importante a ação. “Somos referência para Agreste, Sertão e Baixo São Francisco. Então, é importante fazer este trabalho tanto para os servidores quanto para acompanhantes e pacientes, conscientizando e fazendo com que as famílias fiquem atentas aos sinais que as crianças apresentam quando estão sofrendo abusos ou algum tipo de violência sexual. E a Área Lilás se notabiliza pela sensibilidade no acolhimento”, afirmou Paulo.

18 de Maio

O 18 de maio é resultante de um fato ocorrido há 50 anos, quando uma menina de 8 anos, chamada Araceli, foi raptada, estuprada e violentada. O crime ficou impune. Desde então, maio se tornou um mês alusivo a uma luta árdua, angustiante e diferencial.

Yanna Albuquerque lembrou que em caso de suspeita de crime, a população pode entrar em contato com as autoridades policiais de cada cidade, como as polícias Civil (delegacias especializadas), Militar e Rodoviária Federal, o Conselho Tutelar ou ainda pelo Disque 100.

"Todos os dias que recebemos vítimas ficamos a pensar sobre as que não chegaram. Queremos chegar antes. Precisamos, como profissionais de saúde, chegar antes para que outras crianças possam ter um destino diferente do destino de Araceli. A equipe multiprofissional da Área Lilás convoca todos os profissionais do Hospital de Emergência para observar com sensibilidade esta causa”, completou Yanna, ao enfatizar que, durante a ação, vários girassóis foram "plantados" no jardim da unidade hospitalar.

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