07/12/2022 11:07 | Segurança

Encontro qualifica profissionais da Seris sobre Justiça Restaurativa a vítimas e ofensores

Evento contou com palestra de instrutora e ocorreu na Ceapa, setor da secretaria


No encontro no auditório da Ceapa, os temas abordados levam oportunidade de humanizar temas que envolvem vítima e ofensor

Jorge Santos/Ascom Seris


Regina Carvalho

Um encontro proporcionado pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), na Central de Alternativas Penais (Ceapa) - Setor da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) - mira na qualificação de profissionais que atuam em casos de violência doméstica e oferece oportunidade de humanizar as relações. O curso introdutório de Justiça Restaurativa ocorreu esta semana.

A Justiça Restaurativa pode ser compreendida como a busca da solução de conflitos por meio do diálogo e da negociação, com a participação ativa da vítima e do seu ofensor.

Moacyra Guañabens, instrutora do curso introdutório de Justiça Restaurativa, destacou que a “Justiça Restaurativa vem como ferramenta para se humanizar as relações. Elas (profissionais) já fazem um trabalho de humanização, já fazem um trabalho de acompanhamento”, destaca Moacyra.

A instrutora acrescentou que o curso é mais uma ferramenta que vai servir para que ofensores não cometam o mesmo delito. “O objetivo é trabalhar as duas vertentes (vítima e agressor) porque a gente tem sistema punitivo, que só vê a culpa, só vê a culpabilidade. Ou seja, só pensa na pena e na restaurativa não. Ela pensa em humanizar e restaurar as relações”, acrescenta Moacyra.

No encontro no auditório da Ceapa, as instruções levam oportunidade de humanizar temas que envolvem a violência doméstica. “E vai tentar equilibrar e trazer a vítima para o protagonismo porque hoje em dia a gente só pensa em culpar o ofensor. A gente precisa cuidar também dessa vítima, do que ela precisa e restaurar também pelo fato que ocorreu. Fazer o questionamento: será que só a punibilidade, que só a culpa vai restaurar aquela pessoa? Ela vai sair e vai fazer a mesma coisa?”, questiona.

Segundo Sônia Regina Melo, chefe da Ceapa, como o setor acompanha autores de violência doméstica, se tornou também importante receber instruções que podem humanizar a relação com as mulheres que foram vítimas de violência.