23/01/2023 13:45 | Desenvolvimento Econômico

PERSPECTIVAS 2023

Crescimento do turismo fortalece setor atacadista em Alagoas

Governador Paulo Dantas se reuniu com representantes do setor para discutir perspectivas para 2023


Encontro com setor atacadista aconteceu no Palácio República dos Palmares

Pei Fon


Fábia Assumpção / Agência Alagoas

O governador Paulo Dantas se reuniu na manhã desta segunda-feira (23), no Palácio República dos Palmares, com a diretoria da Associação do Comércio Atacadista e Distribuidores do Estado de Alagoas (Acadeal) para discutir as perspectivas do setor para 2023, que reúne 120 atacadistas em todo o estado, gerando mais de 20 mil empregos, e corresponde a 1/3 da arrecadação estadual.


“Estamos falando aqui de um faturamento anual dessas empresas de mais de R$ 7 bilhões por ano”, destacou o presidente da Acadeal,  Almir Rogério da Silva, que agradeceu ao governador Paulo Dantas por receber o setor, apenas 22 dias após assumir o Governo de Alagoas pela segunda vez.


Paulo Dantas afirmou que os empresários atacadistas podem contar na integralidade com o trabalho do governo para fortalecer o setor. “Nosso compromisso é de que não haja nenhum retrocesso no crescimento do desenvolvimento econômico do Estado. Vamos manter nossa capacidade de investimento para concluir mais de 300 obras nos próximos anos”, anunciou o governador, confirmando que a Adutora da Bacia Leiteira faz parte desse planejamento.


Durante a reunião, a secretária de Turismo, Bárbara Braga, destacou a importância das empresas atacadistas para o setor turístico, principalmente para o abastecimento de  pousadas e hotéis. De acordo com a secretária, no período de dezembro de 2022 até março de 2023, Alagoas vai receber 600 mil turistas, que injetarão na economia mais de 1,2 bilhão nesse período. “Estão sendo construídos mais de 15 hotéis em Alagoas, o que significará mais de 40 mil leitos em todo o estado e para isso o setor atacadista alagoano precisa estar preparado para atender a essa demanda”, observou a secretária.


O secretário da Fazenda, George Santoro, lembrou que em 2015, o Estado tinha apenas 22 mil leitos. “Praticamente estão dobrando o número de leitos, o que demonstra o crescimento do volume de turismo em Alagoas”, disse Santoro.  Ele pontuou que, no período de alta temporada, um dos setores que mais cresce é o de bebidas quentes, que faz parte do setor atacadista. Mas ressaltou que é preciso fazer um trabalho de conscientização do setor hoteleiro para que adquira produtos das empresas atacadistas alagoanas, já que muitos estão fazendo suas compras em Pernambuco, provocando queda de arrecadação com o ICMS para o Estado.


A secretária de Estado de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Caroline Balbino, informou que desde julho do ano passado foi criado pelo governo o Observatório Econômico para fiscalização das empresas do setor atacadista beneficiados pelo Decreto 20.747/2012, que estabelece incentivos fiscais e favorece com um regime tributário diferenciado de ICMS.


“Já definimos que será feita uma reunião com os donos de pousadas e hotéis, principalmente da região, para orientá-los sobre a compra de produtos no Estado e a importância da exigência de nota fiscal”, pontuou Caroline Balbino.


O secretário de Governo, Vítor Pereira, também participou da reunião e reforçou que o fortalecimento do setor turístico é uma prioridade de governo, principalmente em investimento na infraestrutura das cidades, principalmente na região da Rota de Milagres, que vem recebendo o maior número de turistas em Alagoas.


Os prefeitos de Jundiá e Olho d´Água das Flores, Jorge Galvão e Luiz Vasconcellos, respectivamente, que representaram a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA),  elogiaram a iniciativa do governo de se reunir com a cadeia atacadista do Estado. Eles ressaltaram a necessidade de que os prefeitos também fortaleçam a fiscalização dos hotéis e pousadas em seus municípios para que adquiram seus produtos de empresas alagoanos, pois a aquisição de produtos fora do Estado, sem exigência da nota fiscal, também acarreta perda de receitas dos cofres municipais com a distribuição da arrecadação de ICMS pelo Estado e também de ISS.