30/01/2023 17:24 | Assistência Social

AGLOMERADO SUBNORMAL

Assistência Social busca melhorias para comunidade de reserva ambiental de Palatéia

Local é ponto turístico da Barra de São Miguel e recebe pessoas do mundo inteiro


Casas de taipa serão substituídas por alvenaria

Ascom Seades


Beatriz Saldanha / Ascom Seades

A secretária de Estado e Assistência Social, Kátia Born, visitou, na manhã desta segunda-feira (30), a comunidade da reserva ambiental de Palatéia, no município da Barra de São Miguel, para ver de perto a realidade dos moradores que vivem em situação precária na região. A iniciativa buscou ainda estabelecer um diálogo para compreender os problemas e necessidades da comunidade e, por meio de políticas públicas, prestar assistência com enfoque em habitações e no saneamento básico do local.

 

De acordo com Kátia Born, a comunidade de Palatéia sofre com a falta de infraestrutura habitacional e turística, que tem provocado gradual esvaziamento da procura do local por visitantes. “A Palatéia é uma riqueza que precisa de carinho e de um cuidado do poder público e dos governos federal, estadual e municipal. O mundo inteiro vem aqui por causa do mel vermelho, por causa da ostra, por causa do sururu, por causa do própolis. Então, é preciso que a gente faça projetos conjuntos para melhorar a qualidade de vida aqui, principalmente o saneamento, e transformando as casas de taipa em casas de alvenaria. É preciso construir um habitat humanizado, onde os turistas e as pessoas que moram no estado de Alagoas venham visitar e saiam daqui felizes", enfatizou Kátia Born.

 

Apesar de a Palatéia ser considerada um cartão de visitas do Estado, a região sofre com a falta de infraestrutura para moradia e para recepção dos turistas. Na região, há ruas sem asfaltado e boa parte das casas não possui banheiro, fossa e até mesmo água encanada. De acordo com levantamento feito através do Cadastro Único (CadÚnico), a região possui aglomerado subnormal com 111 residências em situação de precariedade.

 

“A moradia aqui é muito boa. Nós temos o nosso alimento e não pagamos nada por ele como, por exemplo, o camarão, a ostra. O que realmente precisamos é de moradias melhores e saneamento básico”, disse Maria de Lourdes Santos, ex-presidente da Associação Paraíso das Ostras, de Palatéia, que é tida como a maior produtora de ostras e própolis vermelho de Alagoas.