20/06/2022 15:41 | Direitos Humanos

Assessora técnica da Semudh é eleita representante do Nordeste no Fonges LGBT

Mulher trans e atuante na pasta de políticas para LGBTs, Ísis Florescer assume suplência na diretoria regional do Fórum Nacional de Gestoras e Gestores Estaduais e Municipais de Políticas Públicas para População LGBT


Comitiva do Nordeste no Fonges com a diretora Adriana Lohana e a suplente Isis Florescer


Daniel de Oliveira / Ascom Semudh

A Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh) representa Alagoas e o Nordeste no Fórum Nacional de Gestoras e Gestores Estaduais e Municipais de Políticas Públicas para População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (Fonges LGBT). Após a última Assembleia Nacional, que aconteceu entre os dias 15 e 17 deste mês, na cidade de São Paulo, a assessora técnica de Políticas para LGBTs da Semudh, Ísis Florescer, assumiu a suplência regional na entidade.

 

Ao lado de Adriana Lohanna, coordenadora de Políticas LGBTs do Estado de Sergipe, que foi eleita titular regional do Fórum, Ísis terá o desafio de atuar na articulação com gestores da área para a criação, promoção e fortalecimento de políticas públicas para a comunidade em todo o Nordeste.

 

“Alagoas se fortalece numa parceria com Sergipe para impulsionar as discussões e o compromisso dos gestores e gestoras que trabalham diretamente com essas políticas e direitos. Temos um longo caminho a percorrer e muito trabalho pela frente”, afirmou Ísis Florescer

 

Florescer e Lohanna, duas mulheres trans que ocupam cargos técnicos no executivo estadual, têm também o objetivo de fortalecer os diálogos para ampliar e melhorar a atuação e os serviços voltados para o público LGBT.

 

“Me sinto feliz em compor a Coordenação Regional do Fonges representando o Nordeste. Fiquei na suplência, tendo como titular a Coordenadora Adriana Lohanna de Sergipe, que já atua há 10 anos no Fonges. Será um grande desafio pensar políticas públicas para a população LGBTQI+ e fazer ampliar os projetos e ações voltadas para esse segmento”, declarou Ísis.

 

Semudh no Fonges LGBT

Além de Ísis, a secretária de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos, Maria Silva, e a assessora técnica Maria Alcina Ramos representaram o Governo de Alagoas na 8ª Assembleia Nacional do Fonges LGBT. Na oportunidade, foram debatidos temas como o tráfico de pessoas, os impactos na criminalização da LGBTfobia e controle social nas políticas públicas para a comunidade, entre outros.

 

No encontro, realizado em alusão ao mês do orgulho LGBTQIA+, a comitiva da Semudh aproveitou o espaço para dar visibilidade aos projetos realizados pelo Governo do Estado, trocando experiências com gestores municipais e estaduais com o objetivo de ampliar as políticas em Alagoas.

 

A edição deste ano aconteceu no auditório da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo. O Fonges LGBT é uma entidade constituída, atualmente, por 98 órgãos gestores responsáveis pela coordenação e execução da política LGBTQIA+ no Brasil.


Visita a Casa Florescer

Na última sexta-feira (17), finalizando a programação do Fonges LGBT, as assessoras técnicas Ísis Florescer e Marina Alcina Ramos conheceram a Casa Florescer, local de acolhimento para mulheres trans e travestis em situação de vulnerabilidade social que fica localizada no bairro de Bom Retiro na cidade de São Paulo.

 

A equipe da Semudh conheceu a estrutura do centro de acolhimento, onde a inclusão social é promovida por meio de ações transversais como saúde, educação, meio ambiente, esporte, cultura, lazer, assistência social, trabalho e habitação. O trabalho desenvolvido busca favorecer oportunidades e articulação de rede propiciando a inclusão e representatividade dessas mulheres.

 

A Casa Florescer oferece 30 vagas, dando suporte às mulheres por uma rede de serviços para que elas tenham suas necessidades pessoais atendidas e oportunidades para saírem da exclusão social.


Também foi promovida, na ocasião, uma roda de conversa sobre as vivências e os desafios das mulheres que vivem e usufruem dos serviços. Com seus relatos, as assistidas tiveram a oportunidade de expor a realidade de pessoas que passam por tantas dificuldades e enfrentamentos pelo simples fato de se reconhecerem e se afirmarem mulheres trans.