23/05/2023 09:37 | Meio Ambiente

Adeal, Ibama, BPA e Saúde definem ações de vigilância para manejo de aves silvestres

Medidas estão sendo adotadas por conta dos registros da gripe aviária em aves silvestres no Espírito Santo e Rio de Janeiro


Força-tarefa tem o objetivo de promover cuidados e evitar a possível disseminação dos casos de gripe aviária

Ascom Adeal


Marcelo Alves

O Governo de Alagoas, através da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado (Adeal), criou uma força-tarefa com os representantes de órgãos do meio ambiente e da área da saúde e definiu plano de ações com orientações sobre como a população deve proceder ao encontrar aves silvestres marítimas caídas vivas ou mortas pelo Estado.


O diretor-presidente da Adeal, Otávio Tavares, ressaltou que as medidas são de prevenção e de vigilância e estão sendo adotadas por conta dos casos de gripe aviária de aves silvestres registrados no Espírito Santo e Rio de Janeiro.

 

Otávio Tavares destacou que, mesmo não tendo o registo da doença no Estado, o somatório de esforços tem o objetivo de promover cuidados e evitar a possível disseminação dos casos. “O mais importante ao encontrar uma ave silvestre caída é evitar o contato com o animal. Não é recomendável tentar capturar e tentar levar a ave para casa”, disse Otávio Tavares.

 

De acordo com Otávio Tavares, todos os órgãos do meio ambiente e da Saúde estão em alerta para monitorar possíveis casos que surjam. No entanto, o diretor-presidente da Adeal orienta que, a princípio, a conduta adequada e definida pela força-tarefa é que sejam acionados o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) e o Instituto Biota de Conservação. O BPA deve ser acionado através dos números 98752-2195, 98833-5879 ou 190, nos casos de animais encontrados vivos. Já para os casos em que o animal for encontrado morto, deve-se entrar em contato com o Biota, por meio dos contatos 99115-2944, 98815-0444 ou 99115-5516.  

 

No caso do interior do Estado, Otávio Tavares orientou que seja feito o contato com as Secretarias Municipais de Saúde ou do Meio Ambiente das regiões onde as aves silvestres marítimas forem encontradas caídas, para em seguida ser solicitado o apoio do BPA ou do Biota.

 

O superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Alagoas, Rivaldo Couto, também fez questão de ressaltar que nenhum caso de gripe aviária silvestre foi registrado no Estado e frisou que as ações de prevenção serão intensificadas para conscientizar e sensibilizar a população para evitar o manejo destas espécies de aves encontradas. “Lembramos a toda população que, ao encontrar aves silvestres marítimas caídas doentes e até mortas em algum lugar, acione o BPA e o Biota. Não se deve tocar e nem recolher estas espécies de aves doentes”, destacou Rivaldo Couto.

 

O comandante do BPA, tenente-coronel Jorge Francelino, ressaltou a importância do apoio da Secretaria Estadual da Saúde (Sesau), que disponibilizou equipamentos de proteção e de desinfecção para a realização das capturas das aves. “Vale destacar ainda que os casos de aves silvestres encontradas em Alagoas é um fenômeno natural que acontece nesse período do ano devido às questões climáticas que interferem no comportamento das aves, que precisam mudar de regiões e enfrentam longa jornada e sofrem com fadiga, o cansaço”, disse.

 

O presidente do Biota, Bruno Stefanis, orienta que diante do cenário, evite tocar e recolher a ave silvestre. “Entre em contato com a nossa equipe do Instituto Biota, que faremos o registro do animal e o daremos o direcionamento para a coleta e amostras pelos órgãos competentes”, ressaltou.

 

A reunião, realizada na sede do Ibama, contou ainda com a participação de representantes da Sesau, da Secretaria de Saúde de Maceió, do Centro de Zoonozes da capital alagoana e do Laboratório Central de Saúde Pública de Alagoas (Lacen).